sábado, 3 de dezembro de 2011

LÊGO¹




Como um filme que não cessa
retorno àquele Recife
do qual sempre fugi
mas ao qual retorno sempre
Recife das pontes
da miséria exposta
- ferida que não fecha –
Recife de minha infância
(Bandeira já disse tudo)
Dói em mim esse Recife
mesmo sem estar na parede
sempre em meu coração:
“Quando de avião sobrevoares o Recife,
lembra de mim; e quando avistares tu os rios
lembra de mim; quando voares sobre os recifes..”
diz a voz que ouço quando viajo.


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¹ ELIZABETH HAZIN e outro.Lêgo & Davinovich. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.

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