sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Esse lugar existe
















Moramos num pedaço do mundo em que os vizinhos cuidam uns dos outros.
Se as luzes da casa estão acesas ou apagadas a uma certa hora da noite,
Se o carro está do lado de fora da garagem,
Se o portão da garagem está aberto ou fechado,
Se a cortina da casa está fechada ou aberta.
Cada situação sinaliza algo particular de cada morador.

Quando algo sai da rotina, do que é o costume, o alarme dispara.

Numa dessas, uma das casas que costuma estar de luzes acesas até altas horas da noite, foi observada que as luzes estavam apagadas. O telefone também não atendia.
Sinais mais do que suficientes para o alarme disparar.

Em pouco tempo o sistema humanizado de busca acionou os contatos.
Para alegria de todos, logo obtivemos o retorno:
- Fomos deixar duas amigas no aeroporto. Na volta, passamos em um barzinho para lanchar.

Esse lugar existe.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Não sou passarinho!














No meio da manhã, inusitadamente, Baronesa vai até a cozinha preparar algo.
Um tipo de pirão com farinha, como se costuma dizer.
Luiza, sempre atenta, reflete:
- a senhora podendo comer uma fruta que é mais saudável!
Baronesa, prontamente, responde:
- eu não sou passarinho para comer fruta!
Na troca de olhares, as duas sorriem.

(fonte: Diário de uma Baronesa)

domingo, 13 de julho de 2014


                                Ter fé é acreditar naquilo que você não vê;
a recompensa por essa fé é você ver aquilo em que você acredita.
                                (Santo Agostinho) 

sábado, 10 de maio de 2014

Graças a Deus!

















Dia de sol.
Pela manhã
ainda bem cedo
o telefone toca.
Do outro lado
uma voz cheia de vida
comunica que a consulta marcada para o mês de maio
será transferida para junho.
- Hoje é sexta-feira santa. Vocês estão trabalhando!?
- Sim, graças a Deus!

(diálogo com o Hospital Sarah Kubitscheck)

sábado, 3 de maio de 2014

Atendimento humanizado





Ainda não eram 7horas da manhã. 
Seu trabalho de atendimento ao público começara há poucos minutos. Ela mais parecia um robô, todo arrumadinho, programado para dizer sim, não, sinto muito, é logo ali
O sol batia na janela, as pessoas felizes por, enfim, ter chegado o dia da consulta, de ser atendido naquele hospital de referência nacional e ela, ali, impávido colosso.

Não satisfeita de apenas observar, ensaiei uma necessidade e me dirigi ao balcão, à porta de entrada oficial. Fui pega de surpresa pois, em um lance, logo me respondeu é logo ali. Sempre fechada, sem um sorriso, sem deixar transparecer um único raio de sol. O mesmo que irradiava os cadeirantes e não-cadeirantes, não chegava até ela. Certamente, naquele dia, esquecera a chave da porta, da janela, por onde o sol entra. Em todos os demais setores, ele estava lá. Nas portas, janelas, nas pessoas. Antes das 7h30 da manhã fui atendida, exames marcados e agendado o próximo retorno. Saí de lá com o desejo de que o robô se desprogramasse para deixar o sol entrar. Senti a falta de um atendimento humanizado.