sábado, 3 de maio de 2014

Atendimento humanizado





Ainda não eram 7horas da manhã. 
Seu trabalho de atendimento ao público começara há poucos minutos. Ela mais parecia um robô, todo arrumadinho, programado para dizer sim, não, sinto muito, é logo ali
O sol batia na janela, as pessoas felizes por, enfim, ter chegado o dia da consulta, de ser atendido naquele hospital de referência nacional e ela, ali, impávido colosso.

Não satisfeita de apenas observar, ensaiei uma necessidade e me dirigi ao balcão, à porta de entrada oficial. Fui pega de surpresa pois, em um lance, logo me respondeu é logo ali. Sempre fechada, sem um sorriso, sem deixar transparecer um único raio de sol. O mesmo que irradiava os cadeirantes e não-cadeirantes, não chegava até ela. Certamente, naquele dia, esquecera a chave da porta, da janela, por onde o sol entra. Em todos os demais setores, ele estava lá. Nas portas, janelas, nas pessoas. Antes das 7h30 da manhã fui atendida, exames marcados e agendado o próximo retorno. Saí de lá com o desejo de que o robô se desprogramasse para deixar o sol entrar. Senti a falta de um atendimento humanizado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário